14 agosto 2012

Corinthians, modéstia à parte - A vitória dos rivais


Na décima terceira parte da série "Corinthians, modéstia à parte", o pernambucano Nailson Gondim mostra o quanto é doentio o sentimento anticorinthiano, que na verdade representa o ódio contra o próprio povo brasileiro. E Gondim faz isso como se deve fazer: galhofando desses pobres diabos, cuja vida se resume a criar demandas para o Corinthians, que vai lá e as vence. Todas. 

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A vitória dos rivais

O passado não faz os maiores times do Corinthians. É verdade que a história corinthiana conta de suas equipes que só foram gol, vitória e alegria; destaca a maioria que criou e cultivou a raça, a garra, a coragem; mostra os que, com o seu espírito de luta, ajudaram a popularizar essa fé; diz como foram formados os mosqueteiros de legendária carreira; ressalta os que fizeram lema da reação que se imortalizou em viradas marcantes; explica o cognome Timão; relata a conquista do irreparável título Campeão dos Campeões; e, entre outras proezas, lembra a mais recente vitória: o exercício da Democracia Corinthiana - antecipando-se à democracia política almejada em todo o País. Quanto mérito! Mas nem por isso pode-se dizer que o maior time foi este ou aquele, com todo o reconhecimento aos que foram, com a camisa do Corinthians, verdeiros guerreiros e craques que suaram e até ensanguentaram pelo time. Sangue, suor e gol! A lágrima, nessa tríade, vem depois: de alegria. O passado não foi esquecido. Isso não. Será sempre boa recordação e cada vez mais guardado nos arquivos dos grandes. Um vai contar para outro, outro vai contar para um, e quem quiser que conte para todos. Todos o ouvirão. Mas o maior time, o melhor desde o começo do mundo, ainda está para chegar. Pode parecer utopia. Doce utopia. Não importa. O que basta é saber que, quando isso ocorrer, o corinthiano - todo o povo corinthiano - vai precisar de bons argumentos para enfrentar a inveja dos rivais, principalmente se o time não mantiver a média de 10 a 0 por jogo e vencer somente de 6 a 0 ou 4 a 0. Dois a um nem pensar! Então é que a rivalidade será para valer. "Campeão invicto? Mas tomou um gol no campeonato, ha, ha, ha..." - debocharão os adversários. E o Corinthians, campeão - quem sabe - por 23 anos consecutivos (antiironia), mas sem poder exibir esse feito porque, nesse período, jamais terá conseguido ser campeão com mais de dez pontos sobre seus vice-campeões. Um motivo a mais para os rivais gargalharem. É a vitória deles.

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