27 junho 2012

Corinthians, modéstia à parte - Compromisso com a bandeira



Em dia de decisão, nada melhor que acalmar o coração com uma dose de corinthianismo. Eis a oitava parte da série "Corinthians, modéstia à parte", na transcrição da obra de Nailson Gondim. Fé, esperança e pensamento positivo. Mais uma guerra para a família corinthiana, e a gente tem que vencer. VAI CORINTHIANS!


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Compromisso com a bandeira


Que seria se dezenas de corinthianos fossem craques do tipo que "desequilibra" qualquer jogo? A pergunta se impõe porque craque corinthiano há, senão aos tropeços pelo menos aos empurrões, mas corinthiano craque não. Por isso, não se vê tanta facilidade nas disputas do Corinthians. Tudo é difícil. A agonia está sempre rondando a sorte corinthiana. Não raro, a possibilidade de classificação - haja hipóteses! - é ameaçada por resultados de terceiros ou quarteiros, como diria aquele ex-presidente. Isto porque a equipe é formada de mais craques corinthianos do que de corinthianos craques. Coisa de regime profissional, o que acaba destruindo - como herbicida - o rogado "amor à camisa". Corinthiano craque seria desses que têm amor à camisa. Mas como são poucos, tecnicamente, restam somente - e aos milhares - corinthianos não-craques com amor à bandeira. Todos se imaginando craques para poder concluir, remontar e criar as melhores jogadas que, em campo, se desfazem tolamente às vezes. Ser corinthiano basta - isto está claro -, mas seria bem melhor ser corinthiano craque. Então, não existiriam mais problemas e os adversário iam afundar-se em desgosto. Dia de treino, no Parque São Jorge, seria um Deus-nos-acuda na fila da "peneira". Só craques no portão. E o técnico sem saber quem escolher; com dificuldades até para formar os times reservas. Aliás, nem haveria reservas. A Seleção Brasileira, por sua vez, insistiria implorando esses craques, oferecendo o mundo para os que sobrassem no Corinthians. Proposta difícil de ser aceita, pois ninguém ia querer a Seleção. O objetivo seria o Corinthians, que entraria com ofício na International Board solicitando alteração na regra para poder substituir 11 jogadores a cada dez minutos de jogo. Mas, com isso, os corinthianos correriam o risco de não mais encontrar torcida adversária. Porque os outros, sem veia nem sangue corinthianos, podiam passar - fatal, acidental ou matreiramente - para o lado do Corinthians. Melhor não ser corinthiano craque. Até porque o compromisso do povo corinthiano é com a bandeira. Camisa se troca.

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