26 março 2012

Pernacchia, porcone!


Apesar de inúmeros pesares de antes, durante e depois de mais um derby paulistano, a festa nas arquibancadas do Estádio Municipal foi outra doída lição à anticorinthianada. Vencemos a porcada na bola, de virada e com uma apresentação que poderia ter sido coroada com uma histórica goleada caso os jogadores tivessem um pouquinho mais de pontaria e preparação nos treinos - ao que parece, o técnico de merda proíbe treinamento de finalizações por conta do risco de gol. De quebra, ainda acabamos com a invencibilidade e a pose dos imundos, tirando-os da liderança do Paulistão.

É o Pacaembu, senhoras e senhores, e no Pacaembu o Corinthians não perde se assim a Fiel fizer por onde. A avalanche para cima do chiqueiro saiu direto das gargantas alvinegras para o gramado e, em dois minutos, o 2x1 fez tremer todo o Templo Sagrado. O clima, até então tenso pelas notícias das imbecilidades cometidas muito longe da Praça Charles Miller, transformou-se imediatamente numa manifestação de irmandade e alegria.

Há de se ressaltar que as coisas no mundo da bola não acontecem por mero acaso. A esquizofrenia dos bochecha rosa anda à flor da pele, talvez pelo contraste cada vez mais gritante entre as duas agremiações. A força do Todo-Poderoso, constantemente renovada e ampliada, é o oposto do definhamento daqueles que, para justificar seus próprios erros, apontam o dedo para o vizinho. Senão, vejamos.

As acusações dessa gente que está se tornando um braço kardecista do futebol (é alma para lá, nobreza de espírito para cá) são inúmeras e motivariam risos não fosse o descomprometimento histórico nelas impregnadas. Dizem que queremos um tal de "monopólio do sofrimento" e ignoram que foram eles mesmos que criaram a alcunha de sofredor à Fiel. Afirmam que nunca precisaram de arbitragem, mas são os únicos a terem computado a seu favor um gol de juiz. Falam que somos "financiados pelo poder público", mas escondem de onde vieram os recursos para a aquisição de seu chiqueiro (pesquisem sobre o Banco di Napoli da famiglia Matarazzo, que mexeu seus pauzinhos junto ao interventor paulista para ser beneficiada em transações de envio de capital de seus funcionários à Itália). Chamam-nos de novos-ricos, mas são eles que fazem de seu estádio um puxadinho de shopping center de grã-finos no bairro da Pompéia. Insultam-nos com o termo "neo-bambis", sendo que em recente rifa promovida por eles para custear a compra de um jogador, a maior colaboradora do troço foi uma socialite (madame, portanto) que estrelou um reality show chamado "Mulheres Ricas" e que
alguns acusam ser estelionatária.

Os casos de duvidosa nobreza renderiam mais parágrafos, desde a então inédita tentativa de suborno ao Neco - e que porco burro para tentar subornar justamente o Neco - até a canalhice após a morte de Lidu e Eduardo. Não é de nosso feitio, porém, recorrer ao mesmo equívoco dos rivais que, vejam só, detectam agora um esvaziamento do clássico usando como motivo as falácias que desmentimos até aqui. Tais citações só servem para prestarmos esclarecimentos devidos e colocarmos os pingos nos is, além de reforçar que o nosso procedimento deve se basear tão somente na defesa do Corinthians. Sempre, errando ou acertando.

Que a violência, caso necessária
de nossa parte, se volte às salas ar-condicionadas do Parque São Jorge. Hoje e até o próximo derby, é dia de zombar os polenteiros e fazer o que nos cabe para manter a rivalidade cada vez mais intensa tanto na disputa de idéias quanto dentro do campo. O resto é birra, e o remédio para isso é bola na rede.

FAZ A FESTA, FIEL!

AQUI É CORINTHIANS!