31 janeiro 2010

CORINTHIANS! CORINTHIANS!


Corinthians! Grite Corinthians! Salve todos os nossos guerreiros, pernas-de-pau ou não! E salve o São Jorge Henrique!!! Hoje é dia de encher o latão!!!

Bandeirão nº 5

29 janeiro 2010

Mais uma chance


Domingo queremos mais do que jogar bola, mais do que raça, mais do que sangue nos olhos. Domingo queremos que esse time dê à Fiel o que lhe é de direito, que o Corinthians faça o povo feliz. E a felicidade, nesse caso, é um só resultado.

Comemoremos o fato do derby ter voltado à capital paulista e ao Estádio Municipal. Aliás, cabe o parêntese: é preciso tirar o nome sujo que estampa a fachada do Templo Sagrado. Digressões à parte, o lado positivo do maior clássico do mundo ser realizado novamente em sua casa é fazer com que muita gente entenda de vez o seu significado. E se o Corinthians não ganhar, já sabe...

A partir do papo de comprometimento, a gente faz a interpretação natural de um fato, que foi o obeso, a baleia disforme, dando migué na última quarta-feira. Medo demais, risco demais? Foda-se se ele arrebentou no ano passado, foda-se que foi personagem principal dos dois títulos. "Toma chocolate, paga lo que debes", principalmente se levarmos em conta os seis meses posteriores de férias remuneradas. Se está com medo, se está desmotivado, pede para cagar e sai.

É preciso arrebentar esse escudo inviolável do Gordo e mostrar que o corinthiano também sabe cobrar. Gente muito mais alinhada aos princípios do Coringão passou por diversos mau-bocados e, por isso mesmo, hoje são consagrados como nossos ídolos. Digo ídolos de verdade, e não aqueles demagogos que furam a festa de um dos maiores títulos de nossa história para ir a um programa de TV.

Será que só eu estou incomodado com o fato de ninguém apontar o dedo na cara de certos jogadores e lembrá-los de que AQUI É CORINTHIANS? Estamos à beira de um importantíssimo clássico, mas parece que a pré-temporada ainda não terminou. Perdoem-me os sofás e os sem-alma, eu não consigo ficar tranqüilo numa semana como esta.

Concentração total e espíritos armados no domingo. VAI CORINTHIANS!

28 janeiro 2010

Hora da Patrulha


"Carta aberta de São Pedro a Kassab e Serra:

Caros senhores,

Venho por meio desta solicitar mui respeitosamente que parem com esse papo-furado de jogar na minha lomba a culpa pela tragédia que destrói toda a terra sob vossas responsabilidades. Faço chover desde que o mundo é mundo e nunca vi, na história desse país, tamanho desrespeito com a minha pessoa. Os senhores sabem muito bem que apenas cumpro as regras do chefe. Não que sejá lá uma ditadura - coisa que você, Kassab, adora -, mas há certas determinações que não podem falhar, e as chuvas torrenciais no verão é uma delas.

O fato é que desde quando o Onipresente criou a Terra, o homem sabe onde o troço alaga. Teve um pessoal lá beira do Nilo, por exemplo, que desenvolveu um monte de técnicas de sobrevivência a partir das enchentes. Na contramão, vocês aí em SP andam trocando os pés pelas mãos e, pior, não têm a humildade de reconhecer vossas cagadas (perdoe, senhor, o termo, mas não achei coisa melhor). Preferem apelar e descer a madeira no Pedrão aqui.

Eu só acho engraçado, Kassab, que as alagações ocorridas na sua cidade não tenham sido de minha autoria quando aquelas duas senhoras de vermelho ocuparam a cadeira que hoje afofa o seu bumbum. É até pecado eu querer ser vaidoso, mas fiquei um tanto quanto triste quando esqueceram de mim naqueles dois mandatos que, visto daqui de cima, parecem ter sido pontos fora da curva em São Paulo. Lembro, ainda, que você também acumula mais anos de enchente que elas, principalmente se levarmos em conta o seu cargo de Secretário de Planejamento no governo daquele sujeito que, outro dia mesmo, apareceu por aqui e quis roubar minhas chaves para entrar no céu.

Já você, Serra, tem com seus amigos quase duas décadas de comando no Estado. Era para conhecer de cabo a rabo os problemas desses que rezam para eu parar de trabalhar, quando na verdade eles deveriam rezar para VOCÊ TRABALHAR um pouquinho mais, de preferência nos horários normais. Suas madrugadas no Twitter, papeando com aquela mocinha maconheira, não contam no expediente.

Antes que o ilustre governador coloque a PM aqui na frente do Paraíso para me bater, despeço-me reforçando que não tenho nada contra vossas pessoas. Apenas não agüento mais assinar BOs que não me correspondem. As forças divinas sempre mandam sinais, alguns até maldosos, para os homens enxergarem seus erros. Será que não deu para perceber ainda? Quer que eu desenhe?

Forte abraço! E sorria, São Paulo!

Pedro Petros Kepha."

26 janeiro 2010

Derrotem esses marginais


A conversa aconteceu há pouco, quando fui buscar minha marmita na tia da rotisseria aqui perto. Enquanto aguardava o rango, três motoboys conversavam e o troço descambou para o futebol. Eram leonores todos eles e, haja vista as tendências do mercado, creio que a grande maioria da categoria torça para o time da Vila Sônia. Lá pelas tantas, como não poderia deixar de ser, a pauta é tomada por ataques ao Corinthians.

- Bom mesmo é a Libertadores, a Copinha foi só aquecimento - diz um gaiato.
- Pô, mas essa já está comprada. O Corinthians já comprou - responde outro.
- Que nem aquele Mundial da Fifa! - completa o terceiro.

Vejam o tamanho do poderio do Corinthians, meus caros! Cansado de contemplar a Federação Paulista de Futebol (e haja grana, porque foram 26 títulos) e a CBF (mais dinheiro com os 4 Brasileiros e as 3 Copas do Brasil), o Timão agora investe os recursos de seu patrocínio recorde no futebol para colocar sob os mandos do Parque São Jorge a Conmebol, não sem antes ter dado uma caixinha à Federação Internacional.

Tamanha fantasia é o fruto do espartano trabalho da imprensa, que desde 1910 tenta deslegitimar e sujar a imagem do legítimo Time do Povo. A manipulação midiática para nos tachar de marginais, sujos e desonestos também cria mitos e faz com que todos, eu repito, todos os títulos que conquistamos com muita luta e suor sejam contestados. Semana passada, por exemplo, tivemos por aqui o colega Nicola, torcedor verde, desmerecendo nosso Mundial, e outro dia cheguei a escutar algum zumzumzum sobre nosso tri da Copa do Brasil. Vale citar, ainda, as grandes bobagens sobre o título de 77, justamente com um Dulcídio, anticorinthiano até o último fio de cabelo, no apito.

A última da vez é a "crise do elenco" para a Libertadores. Nunca tinha visto esse papo vir à tona, mas o desplanejamento que nos faz ter 2 times em condições de jogo é motivo de alvoroço para os abutres. Os próximos golpes virão, cada vez mais fortes. Na quarta-feira, vão torcer pelas vaias dos cornetas do sofá ao Tcheco. No domingo, se não ganhar do rival, encheremos o prato de carniça dos jornais e sites na segunda-feira. E nós? Nós continuamos no foco, exaltando sempre o Corinthianismo nesse marco de 100 anos. O Time do Povo prosperou, e não vai ser meia-dúzia de assessores de putas que vão derrotar o bando de marginais, maloqueiros e sofredores. Graças a Deus.

JÁ SE ARMOU PARA O CENTENÁRIO?


21 janeiro 2010

A outra estréia


Da estréia corinthiana no Pacaembu, além do fator RC6, só rápidas pinceladas, como gosta de dizer certo cronista esportivo:

- O lateral fez uma apresentação média. Se correr mais um pouco e começar a acertar uns cruzamentos e umas faltas, logo fará a torcida esquecer André Santos.

- O Gordo, o outro badalado da noite, está uma baleia disforme e não corre. É bom que jogue todas as partidas seguintes para pegar ritmo de jogo e coloque na cabeça que as férias remuneradas de 2009 acabaram.

- Tcheco jogou mal, mas a torcida não pode ficar vaiando jogador logo no começo da partida. É explícito que ele está fora de forma. De qualquer maneira, o passe para o golaço de Jorge Henrique foi dele.

- Ah, se não fosse o Jorge. Salve, Jorge!

- Sofás, fiquem em casa.

- Dia 31 tá aí. Se não jogar bola, o bicho vai pegar.

Diário de viagem


Dadas as férias que caíram muito bem no começo deste 2010, fomos Evinha e eu para um rolê pelo interior paulista. A digressão começou em Campinas, onde protagonizamos carraspanas fora-de-série, incluindo festas com celebridades globais devidamente alopradas por este que vos escreve. Campinas, vale dizer, é uma terra muito estranha. A cidade não decidiu se é uma grande referência do interior ou um bairro da periferia de São Paulo, e aí a gente percebe que os nativos se comportam como o pobre que quer ser rico.

Saindo de Campinas, partimos em direção a Ribeirão Preto, a Califórnia brasileira (é, isso não quer dizer nada para mim), a fim de assistir ao jogo de estréia do Corinthians no Paulistão. A passagem pelo lendário Pinguim foi obrigatória, e lá estávamos já na noite de sábado. Nada demais ou de menos, a não ser pelo preço, alto como em qualquer bar das Vilas Olímpia ou Madalena da capital paulista. Bom atendimento, porém, e tira-gostos bem servidos; o chopp é apenas correto.

Domingão foi dia de Coringão, mas antes de chegar ao Estádio Santa Cruz, palco de duas conquistas alvinegras, paramos num tal Rei da Picanha, na avenida em frente ao campo. Pedimos meia porção de filé mignon (que inclui arroz, vinagrete e farofa) e nos trouxeram um boi. Rolando, partimos para as catracas, não sem antes tomarmos algumas geladas na porta, aguardando o momento correto para furar a fila. Ao pisarmos no Santa Cruz, começou o show de horrores.

A caipirada é algo que beira o insuportável quando vai ao futebol. Falam as piores bostas, tecem comentários dispensáveis - um gaiato urrava a cada jogador anunciado pelo placar, como se estivesse num exame de próstata - e, principalmente, não respeitam as regras da arquibancada. A certa altura, a bandeirinha marca um lateral errado e eu, já sem paciência com a pelada e com o inominável vestindo a 9 do Timão, soltei um "bucetuda filha da puta de uma vagabunda" para a referida senhora. Evinha me alertou:

- Escutou o que o tiozinho disse?
- Não.
- Você xingou e ele: "óia os modo..."
- "Os modo"???
- É...

No dia seguinte, parti em busca da infância. Cerca de uma hora a partir de Ribeirão, chegamos a Monte Verde Paulista, terra da minha madrinha e cenário do post "Dona Antônia e Seu Venâncio". Rodamos toda a cidade, que não tem mais que 20 ruas, e passamos inclusive pelo local onde ficava a casa da vó Antônia. Aperto no coração ver aquele casarão antigo transformado numa mansão estéril. O mirante, porém, está todo reformado, mas com acesso restrito. Revi as tias Neusa e Bete, além do Marcelo e da vó. Ah, o saudosismo da infância...

Já na terça, partimos de Ribeirão e demos uma parada em Santa Rita do Passa Quatro, onde mora a lenda, a instituição chamada Bôia - leia a Febre Alvinegra. Hoje um senhor de 40 anos, o Bôia resolveu povoar o mundo e fez logo 3 bacuris. Visitas feitas, chegamos em São Paulo no começo da noite, presenteados com um belo congestionamento na Marginal Tietê.

Boas memórias, boas lembranças e com a companhia ideal. Essas férias, de fato, nunca caíram tão bem.

20 janeiro 2010

Hora da Patrulha


Sempre que escrevemos esta
Hora da Patrulha, as formas de atuação recorrentes de quem não concorda com as denúncias relacionadas ao desgoverno demo-tucano em SP são o recalque e o ataque infundado ao governo Lula. Geralmente, o troço é feito com desrespeito e não visa o debate, já que em 99% dos casos a réplica é baseada em mentiras ou afirmações sem nenhuma prova.

Assim, este post, a primeira Patrulha desse 2010 eleitoral, é dedicado ao pessoal que irá se esbaldar com termos como "comunista", "petralha", "lullista", "admirador do presidente analfabeto" e outros preconceitos muito bem entendíveis depois do tijolo na vidraça de um dos porta-vozes da classe média arrogante: o vídeo de Boris Casoy, jornalista e ícone do grupo terrorista CCC.

Para homenagear e estimular ainda mais a participação desses nobres defensores da família, da propriedade e dos bons modos, resolvemos listar algumas realizações do mandato Serra/Kassab dos últimos meses. Quem sabe isso não melhora o nível argumentativo?

Comecemos com a parte orçamentária. Na prefeitura, o generalzinho expôs todos os funcionários públicos divulgando seus ganhos num tal Portal da Transparência que não é tão transparente assim. Prova disso são alguns valores divulgados por lá, que incluem indenizações ou correções salariais acumuladas em anos de serviço, mas que correspondem a um valor líquido bem menor depois dos devidos descontos. Para demonstrar ainda mais preocupação com os cofres do município, nosso Hitlerzinho de estimação resolveu meter a mão no bolso do paulistano aumentando IPTU e as passagens de ônibus, além de impulsionar a indústria de multas. Certo dia, minha irmã foi ameaçada por estacionar o carro numa "área indefinida" - se alguém me explicar do que se trata eu agradeço.

Serra, para não ficar atrás, reajustou o Metrô e os trens. Mas sua aposta para o superávit nas contas do governo estadual são os pedágios. Por meio das privatizações, o notívago político vendeu todas as estradas e limitou o direito de ir e vir de todos os paulistas com as praças de cobrança que enchem a burra das concessionárias de grana. Deixo aqui dois exemplos do assalto: um é a ilhada Campinas; outro é um mosaico com os comprovantes da minha viagem a Ribeirão Preto no último fim de semana, cuja soma chega a
R$83,10. Não podemos esquecer que os pedágios também solucionam o problema do trânsito, retendo os congestionamentos nas rodovias.

Passemos à habitação. Preocupados com a péssima qualidade das moradias de quem está nas favelas, Serra e Kassab não dormem. Em plena madrugada, incêndios para lá de suspeitos ocorrem toda semana e transformam em cinzas o pouco que esse povo sofrido conseguiu construir. Rápido e eficiente - tal qual prega o Choque de Gestão -, somem as favelas e a miséria e entram as empreiteiras e a especulação imobiliária.

A educação é outro ponto forte. O CEU Jaguaré, assim como tantos outros, tinha promessa de inauguração para o primeiro trimestre de 2009. Porém, só ficou pronto (e nas coxas) no fim de novembro do mesmo ano. Já na rede estadual, Serra dá braçadas largas e amplas. A qualidade do ensino durante sua gestão é tão elevada que o governo fecha escolas.

Nada supera, no entanto, a superação de um histórico problema: a seca no sertão paulista. Com planos muito bem estruturados e uma série de medidas emergenciais aplicadas com rapidez, cidades da Região Metropolitana têm fartura de água, assim como alguns bairros da periferia da capital, alagados há mais de um mês e sem nenhuma previsão de novo período de estiagem. A água potável abunda e deu até para construir um parque aquático para as crianças brincarem nesse calorento verão.

Por fim, tratemos da parte social, área fortemente relacionada à erradicação da seca em nossa caatinga. A parceria entre as administrações municipal e estadual matou 50 pessoas em 50 dias, numa eficaz política de controle populacional. Ainda fazem parte dos planos de inclusão social o fim do Plano de Aceleramento do Crescimento (PAC) - não dá para ficar gastando dinheiro com os mais pobres - e os intensos debate sobre liberdade de expressão, tão combatido por esses comunistas que elaboraram o novo PNDH.

Sorria, São Paulo.

14 janeiro 2010

Nós temos o mundo


Há uma sina corinthiana que nos faz conquistar títulos marcantes em anos ou em datas redondas. Explico com fatos: Campeão em 1922 no Centenário da Independência, Campeão do IV Centenário em 1954, 1º Campeonato Brasileiro em 1990 e, finalmente, 1º Campeão do Mundo de Clubes da Fifa em 2000. É sobre este último caneco que iremos tratar, já que ele faz aniversário de 10 anos justamente no... NOSSO CENTENÁRIO.

Tanto do ponto de vista geográfico quanto futebolístico, foi o maior torneio já disputado entre agremiações de todo o planeta. E todo o planeta, na noite abafada de 14 de janeiro de 2000, sucumbiu à força do Corinthians. Litros infindáveis de cerveja foram consumidos naquela ocasião, o choro da alegria alvinegra alagou mais que as chuvas torrenciais de verão e o verdadeiro campeonato mundial interclubes teve como palco nada menos que o Maracanã, o Maior do Mundo, que provavelmente retribuía a histórica Invasão da Fiel de 1976.

A abutraiada e os anticorinthianos logo trataram de desmerecer nossa conquista, como fazem toda vez que o Coringão vence. É natural, pois somos a representação do povo e, segundo a lógica desse mundo vil e mesquinho, o povo não pode ser feliz. Vos digo que, de tão importante, trata-se do único título mundial que o Brasil conquistou em seu Templo do Futebol, coisa que nem a Seleção Brasileira foi capaz.

Por causa do Corinthians, a mais poderosa emissora de TV perdeu na audiência. Por conta da final do Mundial, a capital paulista parou como se fora uma final de Copa do Mundo. No 14 de janeiro, preto e branco ficou o planeta azul. Coisa de pouca importância, segundo os picaretas que insistem em louvar taças do jipe ou da gripe.

Parabéns a todos nós, corinthianos, que estivemos de corpo presente ou com a alma no Maracanã. A vitória no Mundial é mais uma página de Corinthianismo puro dentro desses nossos 100 anos de existência. Para terminar, retomo a curiosa sina de anos redondos para lembrar: o nosso campo, o Estádio Municipal do Pacaembu, completa 70 anos nesse 2010. Para se pensar...

PODE ACREDITAR! TIMÃO É CAMPEÃO DO VERDADEIRO MUNDIAL!




13 janeiro 2010

Os "problemas" do Centenário


A bola nem rolou para o Corinthians no Centenário, mas a abutraiada, sedenta por uma crisezinha, bota as asas de fora desde a virada do ano. Inúmeros "problemas" assolam o Coringão, entre eles os enumerados a seguir:

- há muitas opções para a montagem do time titular. É muito jogador, muita contratação. Assim não dá.

- a diretoria pode anunciar um patrocínio de R$50 milhões anuais, número recorde no país e no mundo. No entanto, segundo a voz da verdade, o Timão vale menos para o mercado que Paul Gasol, da NBA.

- o Fiel Torcedor tem mais associados que o número de ingressos. Isso é desorganização, apesar de garantir uma graninha extra com as anuidades e a garantia de casa cheia antecipada.

- todo o elenco é composto por jogadores velhos. Veteranos como Dentinho, Jucilei, Defederico, Ralf e Boquita prorrogam suas aposentadorias. Ao mesmo tempo, lá pelos lados do Jardim Leonor, a contratação de idosos é tratada como aposta na experiência.

- Ronaldinho, o astro do time, é gordo e só grava comerciais. Um absurdo, mas só porque ele está no Corinthians. Se fosse o bambi-merengue, por exemplo, seria modernidade e profissionalismo.

- há uma briga de foice pela camisa 10. Os atletas candidatos ao manto que já vestiu grandes craques corinthianos incendeiam uma crise interna no grupo.

- falando em 10, corre à boca-pequena que o antigo meia-armador, aquele que saiu por conta de uns trocados a mais do futebol árabe, irá servir o rival verde. Pura falta de planejamento e indício de desmanche mal-feito do elenco do ano passado.

- Demagoguinho Carioca diz que não, mas vai disputar todos os campeonatos e será o pivô da demissão do técnico Mano Menezes.

- ex-selecionáveis priorizam a Canarinho em detrimento ao Corinthians, mas a culpa não é das constantes perguntas sobre o tema nas coletivas. Eles falam sobre o assunto por iniciativa própria.

- tem muito jogador para bater faltas. Isso pode causar outra crise de relacionamento; jamais seria variação tática.

Família, é esse o tom da imprensa suja nos últimos dias. E aí eu pergunto de novo: JÁ SE ARMOU PARA O CENTENÁRIO?

Não é festa, é guerra, e começa hoje. VAI CORINTHIANS!

11 janeiro 2010

Curtas


- Fez mais sucesso do que o esperado a minha espinafrada no mundo corporativo. O que era um desabafo se tornou um pequeno manifesto e me deixou bastante feliz saber que ainda há muita gente aversa a essa palhaçada. O troço teve também alguns desdobramentos via e-mail, mas nada que uma resposta atravessada não resolvesse. Noves fora, agradeço às manifestações e acredito que é possível "contaminar" aqueles do nosso entorno para mudar essa conduta nociva que infesta o mercado de trabalho.

- Copa SP comendo solta e, do elenco todo do Corinthians, percebo dois possíveis reforços para o time principal. O camisa 10 William, deslocado para o meio-campo, na verdade é um belíssimo centroavante. Na ponta, o veloz Elias lembra os velhos pontas habilidosos. Agora, eu não entendo o porquê de tanta falação sobre o tal Dodô. Ruim e mascarado demais.

- Reflexão do Twitter: "Narigudo, 36. André Luís, 30. Marcelinho Paraíba, 34. Bosco, 35. Jorge Wagner, 31. Washington, 34. E o #Corinthians é o time dos trintões..." E aí, corinthiano? Já contou quantas vezes só nesses últimos dias você escutou que o Coringão é time de velho, enquanto lá na vila sônia as coisas são fruto da organização - ainda que dois jogadores tenham colocarado os patrões no (ui) pau? Como disse um amigo meu, não chamam os leonores de trintões porque elas são o time das balzacas...

- Há um mês, bairros da Zona Leste estão alagados por culpa do desgoverno demo-tucano. Amanhã teremos uma Hora da Patrulha que vai compilar tudo que li sobre as enchentes em SP. Já comece a sorrir.

- Férias, ainda que forçadas, são ótimas. Hoje é segunda-feira e eu tô cagando e andando.

06 janeiro 2010

O tal mundo corporativo


Encerrou-se minha curta passagem pelo mundo corporativo numa rede varejista de artigos esportivos. Em menos de um ano, reaprendi o que já tinha visto no período de estágio, quando presenciei in loco a postura de jornalistas de renome vibrando com as bombas sobre Bagdá na invasão estadunidense ao Iraque. Triste não é ser demitido, e de certa maneira achei até bom porque estava em vias de entregar minha carta, mas sim ver algo que tinha um potencial incrível de crescimento não sair do lugar por conta de despreparo gerencial e de certas burocracias - alguém lembra aí que uma das "vantagens" das privatizações era substituir os morosos procedimentos estatais pela agilidade das empresas?

Vejam que o troço era tão desafiador e promissor que a equipe contava até com uma inédita área de redes sociais, no caso com este que vos escreve. No entanto, como em todo projeto bem sucedido, o planejamento de ações e a estratégia devem partir de baixo para cima, ou seja, com o chão de fábrica levando às instâncias superiores as idéias, os riscos e a previsão de resultados. É até lógico, uma vez que são esses profissionais que estão lidando dia-a-dia com aquilo que se quer tratar. Porém, no mundo corporativo isso é mero discurso.

No mundo corporativo, as coisas funcionam por meio de chamados na intranet. Se você precisa, por exemplo, de uma pasta no servidor para abrigar um simples blogue construído no Wordpress, isso demora mais de seis meses. No mundo corporativo, se você quer enviar um e-mail marketing, é necessária uma solicitação à TI (ou Tudo Incompetente) pré-histórica, e as métricas e relatórios nunca serão retornados. No mundo corporativo, se você tem um papo que engana gerentes e diretores, você é considerado gênio, mesmo não apresentando nenhum retorno do seu blablablá. E, principalmente, no mundo corporativo você escuta aquele mantra de que é preciso "pró-atividade, ousadia, espírito de vencedor, trabalho em equipe e iniciativa", ainda que o salário não condiga com a pregação.

Grandes empresas são verdadeiros ninhos de cobras, uma querendo passar a rasteira na outra. E os empresários adoram seus funcionários em constante clima de guerra para ver quem vai mostrar mais serviço, a qualquer custo. É a potencialização da mais-valia da pior maneira, com o assalariado se conformando com a exploração do seu trabalho e subvalorizando sua ética em busca de um lugar ao sol que pode nunca aparecer.

De saldo positivo, alguns amigos e o conhecimento adquirido - mesmo que metade do que o proposto não tenha se concretizado - com a valiosa experiência na área de marketing, para onde provavelmente me encaminharei daqui para frente, haja vista a degradação do jornalismo. De inovador, vi meu gerente não tendo a coragem de me mandar embora e aceitando uma outra demissão via MSN, sem contestação (talvez por isso ele tenha bloqueado o MSN da equipe, sob a alegação de distração e consumo de banda). De certezas, eu pretendo nunca mais fazer parte desse sistema vil e paranóico. Será que é tão difícil as pessoas compreenderem que a gente só trabalha para poder pagar nossas contas, nossa cerveja, um passeio de fim de semana com a amada
, nosso ingresso no futebol e nosso churrasco? É tão criminoso pensar dessa maneira?

05 janeiro 2010

Sem afobação, um dos mais fortes elencos


Ando vendo por aí muita desconfiança relacionada ao elenco que vai defender o Corinthians em nosso Centenário. O mais badalado reforço, inclusive, causa certo pavor em muitos e até mesmo neste que vos escreve. Porém, é o que temos e devemos apoiar como sempre.

Vale lembrar, no entanto, que o grupo de jogadores para a Libertadores deste ano talvez seja o mais forte e equilibrado de todos os tempos. Vejamos o histórico de participações alvinegras no torneio e as equipes-base e alguns outros nomes do elenco.

- 1977*: Tobias, Zé Maria, Moisés, Ademir, Wladimir; Ruço, Basílio, Luciano, Vaguinho, Geraldão e Romeu
* Time do Campeonato Paulista de 77. Não encontrei referências sobre o elenco na Libertadores daquele ano, e possivelmente a zaga pode ter Zé Eduardo e o meio-campo pode contar com Givanildo.

- 1991: Ronaldo, Giba, Marcelo, Wilson Mano, Guinei, Jairo; Márcio, Ezequiel, Neto, Tupãzinho, Edson Pezinho, Fabinho, Paulo Sérgio, Viola, Mauro e Mirandinha.

- 1996: Ronaldo, André Santos, Henrique, Célio Silva, Silvinho; Bernardo, Zé Elias, Marcelinho Paulista, Marcelinho, Tupãzinho, Robson, Leonardo e Edmundo.

- 1999: Nei (Maurício), Indio, Cris, Gamarra, Batata, Silvinho; Vampeta, Rincon, Marcio Costa, Edu, Marcelinho, Ricardinho, Dinei, Fernando Baiano, Edilson e Mirandinha.

- 2000: Dida, Índio, Fabio Luciano, Batata, João Carlos, Kléber; Vampeta, Gilmar, Marcio Costa, Marcos Senna, Marcelinho, Ricardinho, Luizão, Edílson, Ewerton e Gil.

- 2003: Doni, Rogério, Fábio Luciano, Anderson, Ludueña e Roger; Fabrício, Pingo, Fabinho, Jorge Wagner, Leandro, Renato, Leandro Amaral, Liedson e Gil.

- 2006: Silvio Luiz, Coelho, Betão, Marcus Vinícius e Rubens Júnior; Xavier, Marcelo Mattos, Ricardinho, Carlos Alberto, Nilmar e Tevez.

Dito isso, vamos comparar com aquilo que teremos à disposição no Centenário: Felipe, Alessandro, Balbuena, William, Chicão, Paulo André, Diego, Renato, Escudero e Roberto Carlos; Edu, Jucilei, Marcelo Mattos, Ralf, Elias, Defederico, Morais, Boquita, Edno, Danilo, Tcheco, Souza, Bill, Jorge Henrique, Dentinho, Iarlei e Ronaldo.

Percebe-se um equilíbrio interessante no elenco atual, com peças importantes em todos os setores (menos no gol). Se em 77 tínhamos uma grande zaga, o elenco dependia muito das subidas de Vaguinho e da inspiração de Luciano e Romeu para abrir jogadas. Em 90, assim como na conquista do Brasileirão, a dependência de Neto era total, e destaca-se apenas Ronaldo no gol e a guerreira dupla de volantes. Em 96, mesmo com Edmundo, faltou força de grupo e, apesar do certo balanceamento de forças no papel, dentro de campo o time era muito capenga. Em 99 e 2000, é nítida a disparidade entre a qualidade do meio de campo para frente e a defesa. Ainda que tivéssemos Gamarra no primeiro e Dida no segundo caso, o restante do sistema defensivo era frágil, até por uma característica natural do restante do time. Ainda em 2000, acredito num certo relaxamento por conta da conquista do Mundial de Clubes. Já 2003 e 2006 foram duas tragédias, começando do banco de reservas - não havia técnico - e passando pela zaga e meio campo. Nas duas oportunidades, o que segurou foi o ataque.

Alerto que este blogue não foi tomado por um surto de otimismo que me é tão pouco característico. Isso tudo é para mostrar que, ao contrário do que dizem os abutres, o Corinthians se preparou como nunca e tem um belíssimo elenco que, se jogar bola e não ficar com a palhaçada do último Campeonato Brasileiro, pode dar muitas alegrias à Fiel, não só na Libertadores. Portanto, o essencial é nos focarmos naquilo que nos diz respeito. Esqueçam esses anticorinthianos de merda e se banhem de CORINTHIANISMO.

A guerra começou. Armas em punho.

04 janeiro 2010

Como tantos outros filhos


Comecei o ano indo junto da Evinha ao cinema. Trata-se de uma daquelas minhas aparições raras diante das telonas, pois só me inspiro para apreciar a tal sétima arte quando o filme me gera um interesse muito grande. Além disso, há a regra básica: nada de shoppings e suas grandes redes que cobram preços absurdos pelo ingresso; apenas salas de rua que vendam cerveja.

Depois de um belo almoço no histórico Charm da rua Augusta, atravessamos a rua para assistir ao "Lula, o Filho do Brasil" no Espaço Unibanco. Alheio a todas as indicações de que poderia estar diante de um fiasco por conta da participação da Globo na produção, o resultado foi impactante. Ainda que não traga grandes novidades da trajetória do presidente Lula, o longa metragem cativa pela emoção e sensibilidade.

Para conseguir isso, nada como um elenco de primeira. Glória Pires desempenha um papel fundamental na condução dos fatos, assim como fez dona Lindu ("personagem" de Glória) durante toda a vida de seu filho. Rui Ricardo Lopes, protagonizando a fita, copiou brilhantemente alguns trejeitos de Lula sem parecer caricato, e Felipe Falanga - o Lula moleque - garante boas risadas e também grandes apertos no peito.

Há uma dramaticidade até certo ponto fatigante, mas nada que faça jus ao que passaram dona Lindu e sua prole. Imaginem viajar 13 dias num pau-de-arara, chegar na cidade grande com uma mão na frente e outra atrás e ainda manter intactos alguns valores benignos que hoje em dia são tão raros quanto a compreensão da elite sobre o significado de um metalúrgico no poder? Ao ilustrar tamanha escassez de recursos para sobrevivência, "Lula, o Filho do Brasil" joga novamente na cara do zé-povinho uma realidade extraterrena para quem assiste impunemente seu Jornal Nacional e lê sua Veja.

Ressalte-se um fato muito bem mostrado no filme: Lula já era vencedor quando foi diplomado torneiro mecânico. Já seria representativo e personagem ímpar se ficasse limitado ao batente nas fábricas do ABC, pois veio do nada e conseguiu o que muitos de seus conterrâneos não alcançaram. Porém, de um lado há os que fogem das dificuldades e se escondem na barra da saia da tia lá na Mooca. Em contraposição, há quem use o passado de adversidades para vislumbrar um futuro melhor, brigando pelo direito coletivo e jamais renegando sua história. São os filhos da luta, todos eles com a mesma sina e que hoje personificam sua rota de fuga no presidente da república.

Para quem achou inoportuno o lançamento do filme em ano eleitoral, garanto que o medo de uma suposta manipulação do voto se dá mais pelo retrato da superação da miséria do que pela figura pública de Lula. Essa última faceta já é bastante conhecida e reconhecida, inclusive mundialmente. Os barões não querem, na verdade, é que o longa acenda, em âmbito nacional, o orgulho desses milhares de Lulas que se conjuram em um só. Povo, garis, humanismo e participação política e social ampla são como filhos deficientes que os nobres cidadãos-de-bem-que-pagam-seus-impostos escondem e reprimem. Filhos da luta, repita-se.