03 dezembro 2009

Das coisas que o futebol precisa


Por que o foco do futebol brasileiro não é mais o jogo em si, mas sim as baboseiras decorrentes do sistema de pontos corridos, só hoje venho me manifestar sobre o que aconteceu lá pelo lado das Perdizes no último domingo. Rivalidade à parte, o gol de Diego Souza é coisa de gênio. Ainda que digam que ele errou o chute, só um gênio iria pensar em enfiar o canudo dali do meio de campo. Um cagão, tipo o inominável, não iria nem conseguir dominar a redonda, por exemplo. E eu venho falar de Diego Souza porque ele é um dos poucos jogadores atualmente que não se enquadra naquele padrão de atleta babaca que faz média. Além de jogar bola, o cara não fica com hipocrisia, mete a boca quando precisa e sai na mão se necessário.




Atravessando o Atlântico, achei esses dias uns vídeos do Jimmy Bullard, jogador do Hull City. Totalmente na contramão do péssimo futebol inglês - de regras mercadológicas rígidas e com esquemas de jogo que transformam o troço num futsal -, Bullard quebra protocolos até nas brigas. Talvez o suportem porque ele faz as vezes do personagem folclórico que acaba trazendo lucros e visibilidade ao campeonato da Rainha. Um, tudo bem. Dois, será um problema. Aproveitem enquanto algum promotor não o denuncia ao STJD e fique com os melhores momentos do fanfarrão:





Vendo Bullard, é automático associá-lo a Paulo Sérgio Rosa, o Viola. Quem não se lembra das comemorações coreográficas e das provocações certeiras aos adversários? Viola, aliás, poderia ter se tornado um dos grandes ídolos do Corinthians se não tivesse cometido o erro de nos trair. As tais brincadeiras após os gols tiveram tanta repercussão que rodaram o mundo (isso em tempos pré-internet) e acabaram proibidas, num dos primeiros indícios de que os canalhas começavam a destruir o futebol. Enquanto vocês assistem a alguns dos grandes lances de Viola com o Manto Alvinegro, aproveito para induzir um pensamento: na minha opinião, o negão jogava mais que o Gordo. Atentem também às cobranças de falta, escanteios e cruzamentos de Neto e do Demagoguinho. Dá até desgosto se pararmos para pensar que faz um bom tempo que não sai um gol a partir de uma jogada da linha de fundo.





São coisas assim que tornam o futebol imprescindível.


7 comentários:

Unknown disse...

Craudio,

é bom lembrar destas cenas!!! Vai corinthians....

Abraços

Feliz timão centenário

Mônikita disse...

O que vc falou do Diego?

Rsrsrs ele é um babaca, Claudio.
Sem fazer media com os porcos PARA!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Bruno Ferraz (sOUL) disse...

haha.

Velho, Meu Avô Italiano, Corinthiano, tem o apelido de Viola, lá onde eu morei 15 anos e ele morou desde que chegou ao Brasil, o apelido dele é Viola por cauda do Viola, e eu desde pequeno sou o Neto do Viola! rs.


São essas coisas que marca o futebol mesmo.

Abraço!

Craudio disse...

Ué, média por quê? Ele é melhor que 90% dos jogadores do Brasil. Aliás, a porcada tá reclamando dele e, caso queiram, a gente tem Boquita, Edu, Marcelo Mattos, Marcelinho, Morais e Marcinho pra bater rolo.

Filipe disse...

Eu topo trocar isso aí pelo toppo giggio, mesmo ele apanhando do domingos e falando merda a cada coletiva - como 99% dos jogadores, que hoje em dia são mais analfabetos funcionais que nunca.

Agora, a experiência de vida do Viola mostra que todo moleque da base tem que ser emprestado e voltar, quantas vezes for preciso, até que arrebente como ele arrebentou.
O Viola do vídeo é, sem dúvida, melhor que o Gordo de hoje. Mas no geral, o Gordo dá de dez a, digamos, sete, no Viola.

Sabe o que é engraçado nisso tudo?
Um cara como o PEQUENO POLEGAR foi boicotado até o fim da carreira.
Primeiro por ter sido um tirador de sarro (bem menos que o Bullard, verdadeiro fanfarrão).
Depois, por ter sido encrenqueiro.

PEQUENO POLEGAR é a síntese do Jogador de Futebol DE VERDADE.

E a merda da abutraiada, até hoje, o boicota. Por que?

Ah, foi CORINTHIANO... Aquele Clube de carroceiros que ousou romper a barreira do preconceito elitista e que "paga" por isso até hoje...

Filipe disse...

Aliás, o PEQUENO POLEGAR foi o primeiro jogador a falar palavrão ao microfone, ao vivo.

"FOI TUDO CULPA DESSE JUIZ GAVETEIRO FILHO DA PUTA".

Meu Vô adorava me contar essa história. Ele estava arrebentando com o jogo, o juiz o xingava, o adversário quase quebrou ele deslealmente (lembrar do toppo giggio, um dos mais desleais hoje em dia), e no revide, foi mandado pro chuveiro.

Coisa comum, que se vê todo jogador do CORINTHIANS sofrer até hoje.

Mônikita disse...

Não não rsrs...

Uma coisa são todos esses que estão no CORINTHIANS e não servem.
E outra coisa é o Pipoqueiro porko.

No TIMÃO pipoca no ....

FATO! rs