26 janeiro 2009

O verdadeiro inimigo


Uma terrível gripe toma conta desta carcaçinha que vos escreve e, somente agora, consigo me concentrar para atualizar o blogue. Estava meio sem idéia porque o Barneschi, muito oportunamente, falou sobre a cara que São Paulo acha que tem, segundo aquele lixo que atende pelo nome de Veja SP. Resta-me, então, tratar do vitorioso fim de semana corinthiano, mas isso servirá apenas de pano de fundo. Mais do que nunca, é mais urgente dar nome aos bois que estão fazendo um mal para o mundo, munidos de seus sites e jornais.

Vejam que o Corinthians começou ganhando, na sexta-feira, sua vaga para a final da Copa SP, campeonato que viria a ganhar no domingo. A notícia, porém, era a da balada do Ronaldinho, que ficou até as seis da manhã em uma boate paulistana. Estava acompanhado do seu sogro, inclusive. Estava de folga, inclusive. E no dia seguinte não teria treino, inclusive.

Sem a crise econômica no futebol, GloboEsporte.com, Lancenet, Lance, UOL, Falha, Estadão e as rádios Jovem Pan e Bandeirantes inventaram uma outra e a exploraram de maneira covarde. Fiz algumas perguntas que achei pertinentes: qual o nome do fotógrafo que capturou as imagens da balada? O que ele estava fazendo na balada as seis da manhã? Ele não tinha que trabalhar naquela manhã?

A estratégia para implementação de confusão em clubes de futebol é bem denunciada pelo nosso amigo Raphael no Cruz de Savóia, mas não custa a gente repetir - vale lembrar que essa corja age de modo semelhante, só que a martelação se baseia em mentiras -: quando há informação caluniosa ou geradora de crise (coisas como "disseram que", "afirmaram que", "teria sido"), esses veículos supracitados não fazem o jornalista assinar a matéria. Ou seja, jogam a merda no ventilador e tiram o time de campo na hora de assumir a bronca.

A gente sabe para quem trabalha os abutres. Eles têm interesses bem definidos e um projeto que beneficia "os escolhidos", aquele tipo de gente descrita na matéria da Vejinha e brilhantemente destrinchada pelo Barneschi. Eles não permitem a diversidade, não a respeitam e fazem de tudo para tornar o mundo puro, alvo e loiro. Só se esquecem que eles mesmos não são nada disso. Cospem em sua própria mestiçagem, em sua própria mulatice, para aspirar uma aura européia moderna.

Eis os inimigos. E inimigo a gente combate.

Um comentário:

Filipe disse...

Entre as putinhas do bordel de madame há um viadinho do marketing.
Ele vai lá e escolhe a dedo a perua. Que diz que é "torcedora". Nunca foi ao estádio. Mas adoraria ir.
Claro, quando removerem aquele povo dali. E colocarem cadeira acolchoada, porque a bunda dela é toda machucada.

Mas o futebol e esta cidade pertencem ao povo.