01 dezembro 2008

Hora da Patrulha


Em tempos de malas-brancas e malas jornalistas, apareceu na prestação de contas da campanha demoníaca a mala partidária. Vejam só que jeito belíssimo de se arrebanhar partidos e deixá-los totalmente dependentes e submissos:

"Campanha de Kassab cobre gastos de partidos aliados", diz a Falha Online.

Consta na reportagem que o DEMo destinou R$4,4 milhões para PR, PMDB, PSC, PRP e PV. Fiquei meio desapontado pela ausência do PPS, mas este deve constar no registro do caixa 2. O que esqueceu de questionar a jornalista Catia Seabra em seu texto, no entanto, foi exatamente a criação dessa subserviência. Porque na política nada é à toa ou gratuito.

E já que estamos falando em contas a pagar, os bastiões da austeridade fiscal - foi assim que eles se mostravam na corrida eleitoral - precisam explicar a notícia de que São Paulo é uma das 3 capitais brasileiras que estão acima da meta estipulada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A matéria, publicada no Estadão, obviamente dá um jeito de cornetar a Marta, citando que o percentual de dívida usado para tal meta era maior na gestão petista. A diferença é que ela nunca bradou pela imprensa essa postura de "integridade e responsabilidade" com as contas públicas, sabedora ela do papel do Estado em se endividar para fazer as coisas funcionarem.

Estamos só em dezembro de 2008. Sorria, São Paulo!

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Atualizando, às 11:20

Do blogue do Barneschi:

"Teve jogo aqui em SP ontem, é isso? Ok, deste assunto tratarei nos próximos dias, com a devida atenção e de maneira analítica, que é só o que se pode fazer agora. Por enquanto, deixo aqui uma singela notinha do Painel FC de hoje. Coisa fina, de elite mesmo. Vejam, pois, que é este o homem que alguns de vocês ajudaram a eleger:

Pegadinha. Instalado na tribuna da presidência do São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab divertia-se no começo do jogo passando trote pelo celular em Valter Feldman, seu secretário de Esporte.

Não venham dizer que eu não avisei lá atrás..."

Um comentário:

Filipe disse...

Essa reportagem é um tapa na cara, mas o populacho não percebe.

Que fria, São Paulo.

E o cemitério esteve mais cheio e mais silencioso.