18 setembro 2008

Ainda o Diaféria


Procurando a repercussão sobre a morte de Diaféria, me deparo com esse ótimo texto do Ricardo Kotscho, cujo trecho destaco:

"A demissão de Diaféria deu-se no banheiro da redação num episódio que o Mino Carta diria emblemático daqueles tempos de manda quem pode e obedece quem tem juízo.

Ao ser cobrado por um chefe, que mais tarde se tornaria celebridade, por não entregar suas crônicas no horário determinado e com o número certo de linhas, ele tripudiou:

'Tudo bem, posso não estar cumprindo tuas ordens, mas eu pelo menos sei escrever, e você não…'"

Senti-me infinitamente amparado por essas palavras, tendo em vista minha atual situação profissional.

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E o Luiz, chegado meu de arquibancada e grande corinthiano (no sentido literal, inclusive), enviou meu texto sobre o falecimento do Diaféria para uma lista. De lá, talvez por imensa coincidência, a coisa foi parar nas mãos de uma sobrinha do grande mestre. Ela respondeu dizendo se sentir honrada pelo tio ter marcado seu lugar no mundo. Dedico, pessoalmente, o texto a ela e a toda a família Diaféria por ter presenteado o mundo com a existência de Lourenço.

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Falando em imprensa, o Nelson Jobim refugou e não apresentou nenhuma prova sobre os grampos ilegais que havia bancado ao presidente Lula. Mais que isso, invocou a censura ao sugerir a extinção da garantia de anonimato às fontes jornalísticas.

Duas perguntas: a imprensa, que grita sempre quando o assunto é liberdade de expressão, vai deixar quieto porque Jobim é um dos principais geradores de crise desse governo? E o Lula não vai demitir o Jobim, como pede o Paulo Henrique Amorim há meses?


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