31 janeiro 2008

É o fim do mundo


Camisa roxa? Mudança no símbolo?

SANCHEZ, VAI TOMAR NO TEU CU!

Aqui é Corinthians.

O uniforme do Corinthians é Camisa Branca ou Preta Listrada. O resto é zica ou sacanagem com a torcida.

FORA SANCHEZ!


29 janeiro 2008

Choram muito


Eu até ia ficar quieto sobre os tais lances polêmicos do último domingo no jogo contra elas. Mas expressarei algumas coisas pontuais novamente, porque há muita baboseira sendo dita e muita coisa certa esquecida, principalmente pelo anão-de-jardim.

1) não foi pênalti (o dagoberto colocou o pé na frente do chute do Chicão, forçando a situação) e foi falta no William (o pinguço empurrou o zagueiro com a mão esquerda). Só não vê isso quem não quer;

2) todos os entrevistados do time de morumbi estão falando coisas do árbitro como "mal-intencionado, vergonhoso etc." Pois bem. Ano passado a TV flagrou o Finazzi fazendo um gesto com a mão que o juiz não viu e pegou dois jogos. O Valdívia, na rodada retrasada, levou amarelo porque apanhou. E elas? Não vão ser punidas pelo STJD por causa disso?

3) ano passado, elas ganharam 12 (12!!!) pontos decorrentes de erros de arbitragem a favor. Ninguém falou nada e elas não pediram cabeça de árbitro nenhum;

4) o Corinthians jogou melhor. Como se recusam a aceitar que a gente foi melhor, criam factóides para desviar a atenção para esse fato;

5) quem foi prejudicado foi o Corinthians, porque o joílson e o bicharlyson tinham que ter sido expulsos;

Como eu disse, só não vê quem não quer.


28 janeiro 2008

O cheiro do Carnaval...


"Vou beijar-te agora
não me leve a mal
Hoje é Carnaval".

(Zé Kéti)

Dizem que algumas músicas nos remetem tanto a um período de nossa vida que a gente sente cheiro e vê luzes e cores ao escutar os primeiros acordes. Essa música maravilhosa de Zé Kéti, compositor magnífico, é minha canção para a folia de fevereiro. Apesar de falar de amor, não me faz lembrar de ninguém, mas sim da data especificamente. É o amor pelo Carnaval.

Lembro de, quando criança, ficar com um brilho nos olhos diferente ao ver aqueles bailes, aquele povo todo cantando marchinhas em blocos, as pessoas nas ruas alegres como um quê. E "Máscara Negra" é o símbolo de tudo isso para mim. Naquele tempo, não via a hora de crescer para, liberto, cair na farra.

Nesse ano, passarei (enfim) o Carnaval na Cidade Maravilhosa. É lá que, provavelmente, irei cantar à cidade: "Eu sou aquele pierrot que te abraçou, que te beijou". Mesmo nunca tendo pisado no Bola Preta (coisa classificada em email recente pelo mestre Edu Goldenberg como grave falha de caráter). Será o maior Carnaval do mundo e das nossas vidas - prometo, Evinha!

Há coisa de 10 anos, estava eu fuçando as músicas de Adoniran Barbosa (outro dos grandes). Deparei-me com a música "Vila Esperança", que me trouxe a mesma sensação de "Máscara Negra" - e que também me fez lembrar do filme "Bar Esperança", todinho ele envolto em confete e serpentina. Deixo aqui a letra para vocês.

Respirem. Cheirem. Vejam. Inspirem-se para a farra momesca.

"Vila Esperança,
foi lá que eu passei
o meu primeiro Carnaval
Vila Esperança,
foi lá que eu conheci
Maria Rosa, meu primeiro amor

Como fui feliz naquele fevereiro
pois tudo para mim era primeiro.
Primeira Rosa, primeira esperança
primeiro Carnaval, primeiro amor criança.

Numa volta no salão ela me olhou
Eu envolvi seu corpo em serpentina
E tive a alegria que tem todo pierrôt
ao ver que descobriu sua colombina.

O Carnaval passou,
levou a minha Rosa
levou minha esperança
levou o amor criança
levou minha Maria
levou minha alegria
levou a fantasia
e só deixou uma lembrança."

(Adoniran Barbosa)


21 janeiro 2008

O balde de água


Veio mais rápido do que esperava o balde de água fria sobre a torcida corinthiana. Empolgados com a vitória de 3 a 0 sobre o Guarani na estréia do Paulistão, os torcedores já vislumbravam grandes apresentações. Talvez motivados pela "renovação" do elenco, com 13 caras novas. E renovação está entre aspas, porque o critério não houve.

O time ainda é incógnita. É certo que Acosta irá, no mínimo, desempenhar papel muito melhor do que Ailton, Gustavo Nery, Heverton (ele ainda está lá...) e outros tantos cabeças de bagre que apareceram pelo meio-campo do Corinthians nos últimos anos. Mas a derrota para a mentira do ABC só mostrou que nada ainda está arrumado.

De concreto mesmo, só dá para ver que a zaga é qualificada. Os dois beques são infinitamente superiores que seus antecessores. Até porque ser melhor que Betão e Zelão... E tem aqueles que já são eternas promessas, como Bruno Octávio (isso é nome de jogador?) e Lulinha, o pé-murcho e cagão. Esse último, aliás, deveria ter sido vendido ano passado. Ao menos entrava um dinheiro.

Aos otimistas, lembro o seguinte: estamos na segunda divisão! Já estava mais do que na hora desse zé-povinho entender isso e acordar. Não adianta nada comprar camiseta do Sanchez (fora!) e ficar sentado com a bunda no sofá. Tem que comparecer e fazer o time jogar, nem que seja na marra.

Finalizando, é fato que agora temos um técnico. Assistindo ao jogo de ontem, comentei após o terceiro chute espalmado pelo goleiro na área: "esse merda desse Finazzi não pega uma sobra". Hoje, vendo entrevista do Mano Menezes, escutei as exatas mesmas palavras. Bom sinal. É um técnico que vê o que acontece em campo, ao invés de só teorizar. Que ele tome providências.

OU JOGA POR AMOR, OU JOGA POR TERROR!


16 janeiro 2008

Noite de Corinthians


Ontem foi noite de Corinthians. Ontem, depois de tempos, eu vi o Corinthians jogar. Por quê? Viradas como a que fez a molecada na Copinha são dignas de Corinthians. Sair perdendo por 2x0 e virar o jogo em 20 minutos é coisa do time de Pq. São Jorge.

Talvez inspirado pela foto postada pelo Filipe, torci como um imbecil pela molecada. Xinguei muito no primeiro tempo, é verdade. Mas porque mereceram. Moleque é foda, e entra em campo achando que vai ganhar só pela camisa. No intervalo, o Ladeira deve ter enfiado a mão na cara deles e o time voltou outro.

Voltando à foto, lembrei dos tempos áureos da arquibancada. Época em que eu, levado pelo meu primo, me apaixonei pela Fiel. Era uma quarta-feira, no ano de 93. Corinthians e Noroeste de Bauru. 2x0 Coringão. Geralmente - e quando chegava cedo -, ficava entre a Explosão Coração Corinthiano e a Gaviões da Fiel. E debaixo de um mar de bandeiras, hoje proibidas por motivos mais que desonestos.

Às vezes, quando o Corinthians abria larga vantagem no placar, saíamos caminhando ao lado do alambrado, esquecendo do jogo e fazendo festa. Não havia coisa mais bonita que o Pacaembu lotado, com aquele povo fazendo seu carnavalo fora de época.

Hoje, tristemente, a molecada perdeu esse valor. Hoje, temos que jogar no morumbi, aquela coisa fria e européia. Que o time da Copinha e a geração 90 inspire esse time profissional, que terá um 2008 de lutas. E quem sabe de conquistas.

Amanhã começa o ano do Corinthiano.


11 janeiro 2008

Roubo no Masp? Sei...


Minha mente insana já tinha pensado nisso. Hoje, quando vi as filas na porta do Masp mais ainda. E minha irmã me falando a mesma coisa no msn comprovou que eu posso estar louco, mas não estou louco sozinho.

Sempre digo que acredito nas mais improváveis teorias conspiratórias (tipo, que o homem não foi à Lua, que há uma face na superfície de Marte, que o João Goulart e o JK foram assassinados...) e essa pode ser minha nova. Ocorre que houve o furto de duas telas no Museu de Arte de São Paulo. Picasso e Portinari, dois ícones da arte moderna.

O negócio foi feito muito nas coxas e, mais tarde, descobriu-se que o Masp não tinha nenhum artifício de segurança e que quem fazia vigilância do lugar não era segurança de fato. Até aí tudo bem, porque o museu sofre uma crise de gestão há mais de década. Dívidas enormes e uma parca utilização do espaço, que nunca é a primeira opção para receber as principais exposições de São Paulo.

Aí, menos de um mês depois, prendem dois caboclos em Ferraz de Vasconcelos (Grande SP e na casa do caralho), um com passagem na polícia por roubo de automóveis, e encontram as telas. Bonitinhas, inteirinhas. A investigação conclui que um russo seria o comprador das obras.

Pergunta: como um russo iria pegar seu telefone, meter um DDI para Ferraz de Vasconcelos e falar com dois caboclo? Mais fácil eu aprender japonês...

Vendo as filas na porta do Masp na inauguração de uma exposição, e também vendo na mídia que a prefeitura pode passar a tomar conta do negócio, concluí que meu pensamento insando estava certo. Facilmente, a diretoria do Masp contratou os maninhos, deu a fita toda de onde entrar e sair e quais quadros pegar. Depois, trouxe tudo de volta e soltou uma grana boa pra família dos caboclo. Jogou a bomba no colo do poder público e ainda é prestigiada pela burguesia paulistana, que demonstra todo seu "carinho e afeto" pela instituição, com uma visita em massa.

Tô viajando demais???

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E outra coisa que tinha pensado mas não tinha falado pra ninguém. O tal Betão fez uma placa agradecendo o Corinthians por tudo. E aí hoje vem a notícia: "Betão promete comemoração caso marque gol contra Corinthians".

Primeiro: tem que fazer o gol. Segundo: enfia a placa no meio do teu cu, seu safado!


08 janeiro 2008

Que bonitinho


Aproveitando o embalo, vejam que release bonitinho que eu recebi, mostrando inconformadas Xuxa e Galisteu:

"Xuxa e Adriane Galisteu desabafam com Amaury Jr.

O Programa Amaury Jr dessa terça-feira (08) leva ao ar duas entrevistas imperdíveis: uma com a apresentadora Xuxa e outra com Adriane Galisteu.

Amaury exibe um protesto veemente com a apresentadora Xuxa. De férias na Disney com a filha Sasha, ela concedeu uma entrevista corajosa onde acusa a televisão brasileira de não dar atenção para as crianças e quando dá pensa primeiro em retorno financeiro e em índices de audiência, jamais na educação. Xuxa deixou bem claro que acha um absurdo o pequeno número de programas infantis e o exagero de desenhos animados importados. Em seu protesto, clamou para que a televisão brasileira faça para as crianças o que a escola pública não faz: divertir sem um tom professoral e chato.

Ainda na Disney, Amaury entrevistou a apresentadora Adriana Galisteu que, novamente, aproveitou para espetar Silvio Santos: “Sou a telefonista mais cara do SBT (‘Alô, é Adriane Galisteu, quem fala?’). Eu quero fazer as coisas e o Silvio não me deixa, mas ele fala e eu obedeço. Eu sou o lado mais fraco de tudo isso. O fato é que eu gosto de trabalhar. Gostaria de trabalhar mais para o Silvio e estar mais feliz”


Atentem para o detalhe Disney...


Lindo, não?



O conformismo assustador


Começo o ano de 2008 com um post um tanto quanto azedo. Discutíamos no blog do Barneschi em torno de um texto - muito bom, por sinal - que tratava da profissionalização extremada do futebol inglês, processo o qual levou a uma extrema marginalização tanto de clubes que estão fora da panelinha quanto de torcedores, os verdadeiros torcedores. Para se ter uma idéia do absurdo, o torcedor comum só consegue ingresso (e a 32 libras, ou R$128) se os detentores da carteira permanente e sócios-torcedores, que pagam quantias astronômicas, deixarem alguma sobra.

Pois bem. Lá pelas tantas, vem um caboclo dizendo que tudo isso é necessário para a existência do clube, enchendo a boca para valorizar a lei de mercado, e que devíamos mesmo é seguir o exemplo. Tal processo já engatinha aqui no Brasil, haja vista as reformas em estádios para abrigar a Copa 2014 (data do fim do futebol brasileiro em definitivo) e as campanhas de marketing a rodo pelos clubes.

Aí pode vir o questionamento: japonês, você não tem uma camisa do Corinthians? Tenho, sim. Mas isso não tem nada a ver com mercantilização. Aliás, defendo que um clube deve ter 3 fontes de renda - os ingressos dos jogos, o patrocínio na camisa e a venda dessa camisa. E só. O resto, como cotas de TV e possíveis parceiros (argh!), tem que ser lucro e não influenciar uma vírgula na conduta da administração. É a receita para sustentar as contas, até porque clubes são entidades sem fins lucrativos.

Radical ou não, isso impõe uma certa liberdade aos clubes, ao mesmo tempo em que se valoriza algo praticamente extinto hoje em dia nos modelos de gestão: alma e paixão pela agremiação. Porém, a intensa martelação do conceito de clube-empresa e a idéia de "exemplo administrativo" como forma de glorificação já colhe seus frutos e nos presenteia com pensamentos conformistas semelhantes ao citado acima.

O conformismo, ainda, não está só no futebol. Discursos como "política eu não discuto" comprovam isso. A grande mídia conservadora, iconizada por Globo Comunicações, Grupo Folha e Editora Abril, dá risos largos ao ver suas premissas espalhadas pelos principais centros econômicos do país, cujos resultados são revelados em 16 anos de tucanato em SP, por exemplo. Já assistiram à propaganda do Kassab na TV? Parece que moramos num paraíso...

Finalizo cagando uma regra. Gente que acredita que não pode mudar as coisas, por menor que seja a ação, abre mão de qualquer direito de reclamar. Aguardemos 2008 e as eleições municipais. Aguardemos 2010 e as eleições presidenciais. Aguardemos, enfim, a Copa 2014.